terça-feira, 2 de agosto de 2011

Uma Jóia de Leonardo da Vinci: a Mona Lisa


     De expressão introspectiva e um sorriso melancólico, quase que obrigado. Esses elementos fazem parte de uma figura amplamente conhecida por todo o mundo. São alguns dos detalhes que compõem o perfil de uma mulher retratada por Leonardo da Vinci em plena época renascentista. Seria o quadro Mona Lisa, também conhecido como Gioconda, a maior obra-prima de um dos maiores gênios da humanidade. Pode-se dizer que não há uma pintura que tenha gerado mais controvérsias e atenção da mídia do que Mona Lisa. Mas, o que está por traz desse quadro que já é considerado o mais valioso do mundo? E qual o motivo de tanta discussão acerca de apenas uma mulher que se acha numa pose meio exibicionista? São essas perguntas que tentaremos responder através de calorosos debates de importantes historiadores e peritos de todo o mundo. Convidamos você a essa viagem por entre os túneis da nossa história.

                                                  Quem Faz o Papel de Modelo?
     
    Talvez seja esta a pergunta mais enigmática por traz desse quadro. Quem seria a modelo que propiciaria esta imensa obra de arte à cultura mundial? Muitos historiadores acreditam que seria a esposa do rico comerciante florentino Francesco del Giocondo que se chamava Lisa e que, segundo documentos escritos pelo italiano Agostino Vespucci, teria sido feito para comemorar um recente caso de maternidade por parte de Lisa Gherardini. 
    Porém, alguns historiadores questionam a teoria acima. Um deles, Maike Vogt-Lüerssen, afirma que a famosa pintura é ninguém menos do que Isabel de Aragão, Duquesa de Milão, pois, segundo este, o vestido retratado na pintura segue o padrão dos membros da casa de Visconti-Sforza e teria sido pintado em 1489.
      Mas, talvez, a mais polêmica teoria seria a da cientista Lillian Schwartz que sugeriu, após intensos estudos,  que a pintura seria um auto-retrato de Leonardo como mulher. O seu estudo baseou-se em observações e comparações dos perfis do pintor e da sua arte e afirmou que se encaixavam perfeitamente. Essa afirmação é, porém, muito criticada por, segundo os criticos, se basear em estudos incompletos e manipulados, que teriam apenas a função de conseguir fama e notoriedade acerca de um assunto tão polêmico que seria a homossexualidade de um dos maiores gênios da humanidade.


                                                               O Padrão Estético de Gioconda
     
     A estética da Mona Lisa é outro assunto que gera bastante discussão. Qual o motivo do sorriso? Será que ela se encontrava feliz? E quanto aos olhos. Por que nos sentimos encarados pela bela mulher? O que seus traços revelam? Essas são algumas das perguntas que rodeiam este assunto tão misterioso.
   O Centro de Pesquisa e Restauração dos Museus da França em conjunto com o Conselho Nacional de Pesuisas do Canadá divulgou um estudo que concluiu que Mona Lisa estaria sorrindo após ter sentado em frente a Leonardo da Vinci e ter dado à luz ao seu segundo filho. Um sentimento que representaria a felicidade materna.
Outra característica apontada pelos pesquisadores autores da pesquisa citada foi o comportamento de seus cabelos que se encontram soltos, uma característica das prostitutas italianas daquela época, dando a ideia de uma mulher bastante liberal. Outra característica apontada pelos pesquisadores foi a presença de um pano finíssimo no decote de Gioconda, uma característica das aristocratas toscanas que o usavam durante o período de gestação e nos meses que vinham após o parto. 
   Outro estudo, guiado pela Universidade de Amsterdã e publicado na revista New Scientist, baseou-se em exames de Raio-X e softwares específicos que chegaram à conclusão de que Gioconda se encontrava 83% feliz, 9% angustiada, 6% assustada e 2% chateada. Como chegaram a esta conclusão, não me perguntem. Pois nem eu sei.


                                        A Mona Lisa e a sua Influência no Mundo Moderno


     Avaliada em 100 milhões de dólares e dona do título de objeto mais valioso do mundo segundo o Guinness Book. Estes dados servem para mostrar o imenso valor que esta obra de arte têm para a cultura mundial. Um quadro. Apenas um quadro. Mas que serve de inspiração para artistas do mundo inteiro. Por dia, estima-se que são produzidas mais de 100 mil unidades de cartazes, anúncios publicitários, camisas e fotos baseados no quadro daquela que se tornou uma das obras mais reverenciadas da arte mundial.

     Em referência a este quadro já foram feitas músicas, peças teatrais, filmes, livros, reproduções estilizadas e tantas outras que se torna impossível citá-las todas. Um exemplo verdadeiro da enorme influência de uma grande obra. Mesmo que não saibamos as respostas aos enigmas que rondam este trabalho temos a certeza de que se trata de uma relíquia que retrata a visão e a cultura de um povo. A visão de um artista, que ao retratar algo anormalmente simples não tem ideia do grande alvoroço que uma obra é capaz de fazer. Prova da capacidade do artista de impressionar e influenciar diversas pessoas de diferentes países, de diferentes culturas, de diferentes épocas e visões. Algo que chamamos de talento fora do normal.